quinta-feira, 17 de março de 2011

Coisa fácil não é para o Figueirense

Héber marcou o único gol do Figueirense no jogo. Foto de Carlos Amorim/FFC.

Para o Figueirense, tudo tem que ser da maneira mais difícil. Essa é a melhor frase que resume o atual momento vivido pelo Figueirense no Campeonato Catarinense. No sábado a Chapecoense cedeu empate para o Imbituba em plena Arena Condá, mostrando que não somente ela, como todos os times do interior de Santa Catarina, só jogam contra o Figueira. É o chamado “jogo da vida” para eles. Com esse empate, o Figueirense tinha tudo para vencer e chegar à liderança tanto do turno quanto na classificação geral, mas o Figueira não gosta de coisa fácil.

Ontem foi diferente, pelos menos no primeiro tempo. O Furacão do Estreito não deixou o Brusque tocar na bola, não deixou o Brusque respirar, diferente do jogo contra o Criciúma fora de casa, contra o Marinheiro em Itajaí, Metropolitano em Blumenau e por aí vai.

Mas parece que Jorginho “acha” que futebol se decide em apenas 45 minutos. Mas não é bem assim. Todos sabem que 2 a 0 é um placar perigoso, imagina só um 1 a 0 contra um Brusque que ainda não tinha perdido em seus domínios.

Agora vem a famosa palavra “SE”. Se o Jorginho fosse inexperiente, se o Jorginho não tivesse jogado uma Copa do Mundo, se o Jorginho não tivesse conquistado tudo e mais um pouco em sua carreira, tudo bem, poderíamos aceitar o resultado de ontem como também o resultado contra o JEC numa boa, mas não, o cara entende tudo de futebol. Parece que finge não entender.

Qualquer um que conheça 10% desse atual time do Figueirense, sabe que a melhor defesa do Figueirense é o ataque. Só um exemplo, com esse mesmo sistema defensivo (goleiro, laterais, zagueiros e volantes) Márcio Goiano fez com que o Figueirense tivesse a melhor defesa da Série B e a segunda melhor do turno do catarinense, agora me diz ai, quantos jogos ele recuou o time escancaradamente enquanto que o jogo estava 1 a 0? Não lembra? Nem eu...

Não estou querendo depositar toda a culpa em Jorginho, mas é que são coisas simples que um treinador como ele, cheio de bagagem no mundo futebolístico, deveria saber. Time ganhando de 1 a 0 não se recua. É mais fácil deixar o time no ataque e buscar o segundo gol para aí sim recuar o time e tentar matar o jogo nos contra-ataques.

Ontem quando ele tirou o Breitner, deixou dois jogadores de área sozinhos lá na frente, e aí? Como que um time desses vai puxar um contra-ataque com jogadores pesados como Wellington, Maicon, Jackson, Ygor e Héber? Se caso tivéssemos um Lenny nas suas melhores condições, ou quem sabe um Willian, aí sim faria sentido recuar o time naquele momento.

Agora é torce para que Jorginho prove o contrário e que reveja os seus conceitos. Domingo vamos receber o Marinheiro. E todas as vezes que jogamos contra times pequenos no Scarpelli goleamos, vamos lotar o Scarpelli e mostrar que, pelo menos, dentro do Scarpelli, quem manda é o Figueira.

Um abraço a todos!

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