O Conselho Deliberativo do Figueirense Futebol Clube, através de seu Presidente, vem a público reiterar que são mentirosas as afirmações feitas no sentido de que qualquer de seus membros ou seu advogado para a atual transição sabiam da rescisão dos atletas da base. E sequer há informação oficial (leia-se no BID), neste momento, sobre seu destino. Apenas palavras da atual gestora.
Mentira que tenta confundir o público nesse momento delicado por que passa o Clube, e no qual o Conselho Deliberativo, que sequer teria a necessidade legal de realizar acordo com quem quer que seja, uma vez que o contrato se encerra em 21/03 por iniciativa da própria gestora, ainda tenta fazê-lo em vista dos maiores interesses do Clube (o que tem sido difícil, contudo).
Ademais, cabe ressaltar, sim, o grave caráter de dilapidação patrimonial que esse ato representa, contra algumas manifestações de quem se diz “surpreso” com a reação havida (reação esta, aliás, que foi inicialmente dos blogs, da imprensa e da própria torcida, registre-se), ou mesmo julga-a normal, por conta de suposta “realização de caixa” (totalmente desnecessária no momento, ainda mais considerando que as obrigações da gestora não deixarão de existir, no que tange àquilo que estiver contratualmente estabelecido, mesmo após o dia 22/03).
A matemática básica da operação realizada aponta, para o Clube, um prejuízo atual de mais de R$ 2 milhões (dois milhões de reais), considerando as cláusulas penais apenas dos cinco nomes que se sabe terem sido negociados (isso porque a gestora ainda fala em “outros”, informação esta que ainda não é de domínio público, e nem mesmo do Conselho Deliberativo), seja por constar no BID, seja por manifestação pública da gestora no dia de ontem.
As cláusulas penais apenas de Lucas, Firmino, Talheti, Jean e Alexandre somam mais de R$ 26 milhões (vinte e seis milhões de reais). Por elas, a gestora teria direitos de mais de R$ 13 milhões (treze milhões de reais) sobre esse montante. E o Clube, com os 20% sobre os resultados da gestora, teria direito a um montante em torno de R$ 2,7 milhões (dois milhões e setecentos mil reais). Isso considerando apenas as cláusulas penais, ou seja, sem contar a valorização dos referidos atletas, o que era algo iminente e bastante provável.
Na atual operação, realizada por menos de R$ 3 milhões (!!!!!), no entanto, o Clube terá direito a menos de R$ 600 mil, segundo os dados e documentos que nos chegaram no dia de ontem. Isso sem contar, como dito, os possíveis “outros” negócios realizados.
Assim, é de se lastimar profundamente mais esse ato que em hipótese alguma vai ao encontro dos interesses do Figueirense Futebol Clube, e contra o qual manifestamos nosso mais veemente repúdio.
Florianópolis, 10 de março de 2010.
Nestor Lodetti
Presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense Futebol Clube
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